terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Rita Ferro em "António Ferro - Um Homem por Amar"

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Rita Ferro nasce um ano depois de António Ferro morrer. Todavia, a imagem que lhe sobrevém quando o evoca, gerada por tudo o que foi ouvindo e conjeturando ao longo de décadas, dentro e fora da família, bastaria para que alguém na sua circunstância - neta, romancista e utilizadora privilegiada do espólio familiar - se sentisse mais do que tentada a concorrer com a sua própria ideia do Avô, acrescentando outro frescor e outra profundidade às versões com que a academia, a edição e a imprensa, aplicadamente, o vêm reduzindo, perdendo da vista o que poderia conferir-lhes outro equilíbrio:
a perspetiva do seu lado mais íntimo e humano.
Bem-humorado, carinhoso, imprevisível e indiscreto - mas nunca inocente - este livro, cujos anacronismos são deliberados, e que continua o que Retrato de Uma Família já começara, é uma recriação pessoalíssima composta de uma série de frescos baseados em factos verídicos, com uma abordagem totalmente inesperada, oferecendo ainda, no final, um lote de correspondência inédita.

António Ferro - Um Homem por Amar lança uma luz diferente sobre o caráter deste homem controverso e extraordinário que marcou o século XX português.
(in contracapa do livro)


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